terça-feira, 23 de outubro de 2018

Restaurante Mesa com Tradição


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Estivemos a almoçar neste restaurante agora num sábado e a casa esteve novamente cheia. A outra visita ao almoço de um dia de semana foi de uma refeição de menu do dia de umas óptimas tripas à moda do porto, desta vez queríamos experimentar uma das especialidades da casa, vitela de comer à colher, apesar de haver dois pratos do dia, um de peixe pescada à Zé do pipo (pelo que vimos com muito bom aspecto), e outro de carne arroz de entremeada (do que vimos também com muito bom aspecto).
A casa tem duas salas tendo da outra vez ficado numa e agora na do lado da entrada. Tivemos sorte ao chegar antes das 13 horas pois somente esperámos cerca de um ou dois minutos para nos sentarmos na nossa mesa; chegámos sem marcação.
Ao não haver vinho a copo pedimos um vinho tinto maduro da região do douro, em meia garrafa, Cabeça do Pote, vinho regional do douro, 2016 (Mateus & Sequeira vinhos), que se veio a revelar muito equilibrado e a combinar muito bem com o prato de carne pedido. Bom vinho.
Boa broa de avintes bem saborosa. A não perder.
Bom pão tipo bijou ou pequenas carcaça.
Manteiga com ervas aromáticas muito boa, excelente sabor. A não perder.
Ao pedirmos uma dose de vitela de comer à colher foi-nos dito que demoraria uns 20 minutos por isso pedimos uns bolinhos de bacalhau de entrada.
Entrada:
Bolinhos de bacalhau, excelentes. Acabados de fritar e bem quentes, com boa fritura e recheio com bom bacalhau às lascas e batata desfeita e salsa, muito saborosos. Ainda um pouco de compota de tomate com vinagre balsâmico muito agradável e de óptimo sabor a combinar bem com os bons bolinhos de bacalhau. A não perder.
Prato:
Vitela de comer à colher, divinal. Uma dose é muito bem servida e no nosso caso dá bem para três ou mais pessoas. Como estava óptima servimo-nos duas vezes, e bem, e ainda levámos para o jantar um dos cinco bons pedaços de vitela que não tinham osso.
A acompanhar um arroz branco solto muito bom e saboroso, que só provei pois era impossível comer tanto.
A carne em cinco pedaços grandes que deve ter estado em vinho tinto, e esteve a cozinhar em lume brando 24 horas, desfaz-se, basta chegar-lhe o garfo e puxá-la um pouco para separar a mesma, muito macia e a sair aos "fios" e com óptimo sabor, uma delícia.
Vinha ainda com dois tomates cherry e umas rodelas de boa laranja todos bons mas o adicional excepcional, e que comemos todo, foi as couves, cozidas e salteadas, com alheira e feijão branco, uma combinação na perfeição de macieza e sabor divinal.
A não perder.
Depois de nos deliciarmos com tão requintado e delicioso manjar já não houve espaço para sobremesa.
Terminámos com dois bons cafés Beira Douro.
Ofereceram-nos um copinho de aguardente de bagaço com mel e canela que é muito boa, seria ainda melhor se estivesse gelada pois faria de um bom digestivo para acalmar o estômago após repasto tão bom.
Por esta refeição memorável para duas pessoas pagámos 34,2€.
Vimos ainda sair para uma mesa uma outra especialidade que nos obriga a voltar em breve, joelho de porco com óptimo aspecto e com o acompanhamento num tacho de ferro de três pés, um arroz de grelos e salpicão que devem também ser memoráveis. Disseram-nos ainda que outra especialidade é o bacalhau com broa e grelos.

***

Nestes tempos de covid (Setembro de 2021) cada vez mais sentimos necessidade de ao sair para uma refeição em restaurantes ir a casas já conhecidas e de garantida boa comida. Assim voltámos à Mesa com Tradição tendo telefonado a marcar mesa na esplanada para almoço de dia de semana. A casa bem composta de clientes quer na sala interior quer na esplanada, estando as mesas afastadas umas das outras. Ao chegar agradou-nos o cuidado da casa, numa porta para atender os clientes de take away, e na outra fechada, com campainha, para quem vem para uma refeição no restaurante.
Pão muito bom (pequenas padas macias), e uma broa de Avintes antiga, menos húmida mas muito saborosa. Tostas normais. Ainda uma excelente manteiga de alho da casa, uma perdição. A não perder a broa de Avintes e a manteiga de alho.
De bebida pedimos uma jarrinha de meio litro de sangria de frutos vermelhos, óptima. Muito bem feita e saborosa esta sangria de espumante com frutos vermelhos. A não perder.
Pedimos uma entrada para os dois:
Tomate coração de boi, presunto e figos, bom. O tomate coração de boi bom mas não dos melhores, faltava um pouco de sabor ou deveria estar um pouco mais maduro. O Presunto fatiado fino mas um pouco salgado. Os figos óptimos muito saborosos e doces, permitiram fazer o contraste com o salgado do presunto. Ainda nozes, rúcula e um vinagre balsâmico. Salada bem agradável para entrada.
Prato:
Pedimos uma dose para ser dividida por dois. Arroz caldoso de robalo, mexilhão e camarão, excelente. O arroz e seu molho divinais em tempero, sabor e equilíbrio, tão bom que comemos todo. O mexilhão bem saboroso já sem casca e no ponto de sua húmidade. O camarão também muito bom, saboroso e bem cozinhado, vinha com casca, ao ser descascado um lombo de camarão tenro e muito saboroso a trincar um pouco. O robalo, tendo sido grelhado, de óptima feitura, a lascar, com a sua húmidade interna, muito branco e saboroso, óptimo.
Este arroz caldoso estava umas maravilha. A não perder.
De sobremesa pedimos um toucinho do céu para partilhar:
O toucinho do céu divinal. O bolo alto mas tão bom, com o ponto de açúcar correcto, com um pouco de gila, os ovos no ponto, a amêndoa picada a trincar de óptimo sabor e textura, o bolo tão bem cozinhado, uma perdição. A não perder.
Vieram ainda dois cafés Beira Douro muito bons.
Por esta refeição de plena satisfação para duas pessoas pagámos 39€.
Ainda não foi desta que provámos o joelho de porco nem o bacalhau. Mas também há mais especialidades que nos atraem. Temos de voltar em breve, e esta casa de óptima gastronomia e simpatia merece estar sempre bem composta de comensais.

Localização em Avintes: