quarta-feira, 22 de março de 2017

Restaurante O Talho


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Estivemos a almoçar neste restaurante numa sexta-feira. A sala não sendo muito grande esteve cheia. Telefonámos cerca de duas horas antes a marcar mesa, recomendando-se fazê-lo dada a dimensão do restaurante, a sua procura elevada, e ao método organizacional do mesmo. Ao chegarmos e dizermos que temos reserva é-nos pedido para esperarmos no talho, loja com óptima apresentação onde há uma grande variedade de produtos de carne para comprar. Passados alguns minutos vêm-nos buscar par a mesa que nos é dito que já está pronta. A sala é acolhedora e com decoração bem agradável, bem como o serviço.
Pedimos uma água natural.
Um copo de vinho branco maduro Sílica (Douro), bom, com boa estrutura e frutado com bom fim de boca.
Um copo de vinho tinto maduro O talho, vinho da região Tejo, agradável, daqueles vinhos fáceis, com uma estrutura suave e agradável à boca mas sem forte presença e identidade.
O couvert é composto por um cesto com três variedades de pão e um pequeno frasco com creme de grão, uma lousa com uma esfera de manteiga de açafrão e um creme de tomate e outros ingredientes. No pão todo óptimo, havia um pão indiano muito fino e quebradiço, com um toque de picante, umas fatias de pão tostadas e com um fio de azeite, e um pão de azeite fofo tipo bôla. O crem de grão bom. A manteiga muito boa e saborosa. O creme de barrar uma delícia. A não perder.
Pratos:
Pato baiano, bom. Uma perna de pato com carne bem saborosa, com um toque de sal forte na pele, a mesma tostada, a carne no interior um pouco seca. Normalmente estas pernas de pato confitadas apresentam a carne muito macia e húmida a desfazer-se na boca o que não aconteceu, um ponto a corrigir. Os acompanhamentos excelentes, os legumes muito saborosos e a trincar, no ponto certo de cozedura. O ovo cozinhado a baixa temperatura também muito bom, com a gema líquida a verter quando quebrado. Caso a perna de pato estivesse bem cozinhada estaríamos na presença de um prato a não perder.
Leitão e cachupa, bom. O leitão, com a carne desossada e tostado por cima estava muito bom de sabor, com a carne de leitão desfiada, húmida e muito bem cozinhada. A acompanhar um conjunto de diferentes feijões, um puré e cubos de pão tostado que se tornam pessados para acomanhar o leitão. Saborosos mas a falharem como acompanhamento do leitão.
De notar que nos dois pratos todos os produtos são de boa qualidade.
Sobremesas:
Chocolate negro e bolo de amêndoa, bom. O creme de chocolate negro, pouco sendo uma pincelada no prato. O gelado de chocolate normal. Depois uns cubos de abacaxi, uns "pingos" de creme de manga e uns cubos de uma marmelada de goiaba, saborosa. No entanto no conjunto tudo está perdido no prato e não condiz na boca, parece uma sobremesa enfeitada no prato mas que não realça no seu conjunto, na boca. O melhor, três triângulos de um bom bolo de amendoa macio e saboroso, mas muito simples.
Mil folhas de caramelo, muito bom. Uma pincelada de doce de leite, muito bom, um creme de caramelo, uma camada de massa folhada caramelizada e por cima, novamenteo creme de caramelo, muito bem de textura e sabor. O gelado a combinar bem com pedaçinhos de pistachio, e muito bom. A não perder.
Foi-nos perguntado se pretendíamos café ao que lhe perguntei se era nespresso, e como era preferímos tomar o café após sair do restaurante. Assim, perto do restaurante fomos a uma cafetaria restaurante numa esquina, de nome Bica e Água, onde tomámos um óptimo café delta muito bem tirado.
Por esta refeição saborosa para duas pessoas pagámos 72,25€.
Um restaurante onde se come bem mas que não deslumbra fazendo com que passado pouco tempo já não nos lembremos de nenhum prato excepcional que nos atraia para regressar. Ainda por cima os preços são altos.

Localização em Lisboa: